sexta-feira, 15 de junho de 2012

       
PRIMEIROS SOCORROS

            O simples fato de viver nos proporciona diversos riscos onde, muitas vezes, é inevitável alguns incidentes que podem ocorrer até mesmo dentro de casa, nas ruas, nas escolas, etc. Assim, necessita-se algumas precauções e quanto essas não forem suficientes para evitar acidentes recorre-se, então, aos primeiros socorros, que pressupõem o atendimento imediato às pessoasdoentes ou feridas podendo ser realizado pela população em geral. Deste modo, o presente trabalho tem como principal objetivo enfatizar a importância deste, relacionando-o com os procedimentos que devem ser feitos em algumas situações. Também será inferido sobre a necessidade de educação sobre essas ações para a população.

            Os primeiros socorros são fundamentais em algumas situações, podendo até mesmo salvar vidas, portanto, os cuidados imediatos prestados a uma pessoa, cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, pode evitar o agravamento de suas condições. Assim, a primeira atitude que deve ser tomada a partir do momento em que se presencia um caso de acidente, seja ele qual for, é agir imediatamente e adequadamente com relação à situação. Fato esse inferido no artigo “O leigo em Situação de Emergência”:

Em situações de emergência, a avaliação da vítima e seu atendimento devem ser realizados de forma rápida, objetiva e eficaz, proporcionando aumento de sobrevida e a redução de sequelas. O suporte básico vida (SBV) inclui etapas de socorro à vítima em situação de emergência que represente risco à vida e, em sua maioria, esse atendimento pode ser iniciado em ambiente pré-hospitalar (p.02, 2005).

            Com consonância a isso, é preciso que ao iniciar o atendimento, tenha-se em mente o que fazer e o que não fazer. Assim, em um caso de  urgência, isto é, um estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital, permitindo a redução de sequelas e o aumento de sobrevida. Necessita-se ter  rapidez, eficiência e autocontrole, que são fatores imprescindíveis nessas situações, “a primeira atitude do socorrista deve ser o acionamento do serviço médico de emergência[1], isto é, ligar para uma equipe especializada, indicando o local do ocorrido e as circunstâncias em que se encontram as coisas. Após isso, tranquilizar a vitima e iniciar os processo de primeiros socorros.
            Diversos acidentes podem ocorrer, sendo que em cada situação há orientações especificas que devem ser seguidas. No caso das asfixias, recorre-se a respiração artificial ou a respiração boca-a-boca, que são “processos mecânicos empregados para restabelecer a respiração” [2]. Assim, deve-se faze-lás imediato ao acidente, no próprio local. Para isso, a cabeça da vítima deve estar inclinada, sendo que o pescoço deve ser levantado e flexionado para trás. Assim, apertando as narinas, sopra-se na boca do vitima com força, ate notar a expansão do peito da mesma, repetindo o processo quantas vezes for necessário. Estatísticas mostram que se atendido nos dois primeiros minutos, a probabilidade de salvamento é de 90%, o que demonstra a importância de se ter conhecimento sobre tal, além é claro de prosseguir corretamente diante da situação.
            No caso de parada cardíaca, que acarreta a inconsciência, ausência de batimentos cardíacos, parada respiratória, além de extremidades arroxeadas, palidez e dilatação das pupilas, faz com que a primeira providência a ser tomada seja a massagem cardíaca, que é a compreensão ritmada do tórax do paciente. Já quanto às hemorragias, que são perda excessiva de sangue devido o rompimento de alguma veia ou artéria, é necessário o estancamento do sangue. Isso pode ser feito com panos ou toalhas limpas que comprimem o local, impedindo a saída do sangue. Ainda, “em caso de hemorragia abundante em braços e pernas, aplique um torniquete, sobretudo se houve a amputação parcial pelo acidente” [3].
            Também, as fraturas dividem-se em dois tipos. Abertas e fechadas, onde são, respectivamente, sem a aparição do osso quebrado, e quando o osso aparece na superfície corporal. Nesses casos, deve-se evitar a movimentação do local, imobilizando-o. Após, cobrir a área lesada com um pano, fazendo o uso de talas ou ataduras, mas sem apertar. Se o local afetado for à coluna vertebral, é preciso muito cuidado, pelo fato de que um mau atendimento pode acarretar sequelas gravíssimas. Assim, jamais se deve movimentar a pessoa, a fim de melhorar sua posição, sendo que para remove-lá, ou seja, utilizada uma maca, ou então, uma tábua com o auxílio de no mínimo quatro pessoas. 
            No caso de convulsão - contração involuntária da musculatura – esta provoca movimentos desordenados, sendo acompanhada pela perda da consciência. Suas causas são diversas: falta de oxigenação no cérebro, efeitos colaterais causados por medicamentos,
ou ainda, doenças como epilepsia, tétano, meningite e tumores cerebrais. Alguns sintomas evidenciam-na, espasmos incontroláveis, olhos virados para cima, inconsciência e salivação abundante. Nesse caso, deve-se proceder em um primeiro momento, colocando a pessoa em lugar confortável e retirando de perto objetos com que ela possa se machucar. Após, verificar as passagens ar, afrouxando roupas para que possa respirar com facilidade.
            Outro tipo de incidente que ocorre seguidamente, principalmente com as crianças é a ingestão de objetos, fato esse referenciado em um artigo especifico sobre o tema:
Entre os acidentes infantis mais frequentes, a penetração de corpo estranho em orifício natural e sua ingestão ou inalação tem sido apontada por vários autores como sendo os cinco principais acidentes que ocorrem na população infantil, atingindo principalmente os lactentes e menores  de um ano, além de se constituir um acidente potencialmente fatal, por causar, muitas vezes, obstrução das vias respiratórias. (Acidentes com Corpo Estranho em Menores de 15 anos, p.02, 2008) .           
            Desta forma, entre as crianças este tipo de incidente, ocorre muito sendo que, os principais objetos causadores de afogamentos são os alimentos, as moedas, as bolinhas/ botões/tampinhas, os grãos/sementes e as pecinhas de brinquedo. Para que isso modifique-se é necessário que a educação seja “ [...] um processo de construção que requer tempo, dedicação e continuidade tornando-se necessário que se inicie desde cedo e deste modo, as primeiras noções de prevenção de acidentes e primeiros socorros devem ser inseridas ainda na infância [4]. A partir dessa educação precoce é que todos os cidadãos estarão aptos para ser socorristas em meio a algumas situações de emergência, ou seja:
[...] é de fundamental importância o esclarecimento e treinamento da população para o atendimento das situações de emergência e de parada cardíaca, evitando a paralisia do socorrista no momento de decidir qual é o próximo passo a seguir. Acrescenta-se que a população deve estar capacitada para agir em qualquer situação de emergência, prestando atendimento de primeiros socorros.[5] 
            Conclui-se, portanto, que os primeiros socorros muitas vezes são decisivos para a salvação de vidas de pessoas que sofrem um grave acidente ou algo de natureza. Desta forma, o socorrista deve estar disposto a ajudar, não estando nervoso, pois ele é quem deverá seguir minuciosamente os passos corretos para ajudar a vítima. Também, torna-se fundamental que haja uma maior preocupação por parte da população em tomar conhecimento sobre a temática, e que as políticas públicas proporcionem meios para que essas ações se efetivem, através de programas que levem informações sobre tal para a população em geral, desenvolvendo assim uma maneira de educar dentro desse importante âmbito.

REFERÊNCIAS

ANDRAUS, Lourdes Maria Silva. Et al. Primeiros Socorros para criança: relato de experiência. Goiânia, 2005.
MARTINS, Christine Baccarat de Godoy; ANDRADE, Selma Maffei.  Acidentes com Corpo Estranho em Menores de 15 anos: Análise Epidemiológica dos Atendimentos em Pronto-Socorro, Internações e Óbitos. Rio de Janeiro, 2008.
PERGOLA, Aline M.; ARAUJO, Izilda E. Muglia. O leigo em situação de emergência. São Paulo, 2005.
SOSA, Miguel Ramirez. Manual Básico de Segurança no Trânsito. Publicado pela Associação Brasileira dos Educadores de Trânsito.

PÁGINAS VIRTUAIS
Nome: Você sabe agir em caso de convulsão?
Data de Acesso: 18 de maio de 2012. 



[1] O leigo em situação de emergência (p.02, 2005).
[2] Manual Básico de Segurança no Trânsito (p.25).
[3] Manual Básico de Segurança no Trânsito (p.28).
[4] Primeiros Socorros para criança (p.221, 2005).
[5] O leigo em situação de emergência (p.01, 2005). 


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