sábado, 25 de fevereiro de 2012

Pensando a Educação...

        A pedagogia sempre sofreu influências sociais e políticas. Assim, com o passar dos anos desenvolveu-se diversos modelos pedagógicos, com a intenção de se chegar à uma educação mais efetiva. Desta forma, muitos modelos pedagógicos surgiram. Cada um sustenta-se a partir das especificidades teóricas em que foram desenvolvidos, e também de acordo com o contexto histórico em que se encontravam, o que os tornam distintos   entre si. Essa diferença é notada nas concepções sobre sociedade, homem, educação, escola, ensino e aprendizagem. Também distinguen-se, pois desenvolvem metodologias próprias para a ação docente. Muitas delas vinculam-se com interesses elitistas e de poder, e outras defendem a boa educação das classes desfavorecidas.

        O modelo tradicional se desenvolve numa sociedade capitalista, que dá ênfase  a preparação do indivíduo para a vida social. Onde na escola, todas as pessoas eram vistas como tábulas rasas e todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido através da experiência. Assim, a educação gira em torno da perspectiva de prêmios e punições, sendo que as competições eram muito valorizadas. O ensino é igual para todos e a aprendizagem dependia do empenho de cada um, a mera transmissão é válida.



       Alunos e professores ocupam lugares bem distintos, onde cada um tem sua função definida, numa relação de autoritarismo. Assim, o papel do professor é central (magistrocêntrica) sendo que este detém a verdade, sendo um modelo a ser seguido. Os alunos são os receptores de conhecimentos, não podendo questionar, somente interiorizar e assimilar o que lhe foi passado. Desta forma, assim o educando assume uma posição passiva no seu próprio processo de aprendizagem.

          Não há valorização dos aspectos individuais, e muito menos uma preocupação com as características próprias de cada idade. A aprendizagem torna-se algo mecânico e reprodutor, sendo o treino fator determinante de aprendizagem. Aos aspectos ruins, há punições, notas baixas, e ainda recorrência aos pais; já para os aspectos positivos há premiações, estímulos e classificação de alunos.


SERÁ ESSA A EDUCAÇÃO QUE NOSSAS CRIANÇAS MERECEM????






            A sociedade é o meio por qual nos desenvolvemos, sem ela e sem a interação social seria impossível evoluirmos, ela exerce um papel fundamental para o nosso desenvolvimento cognitivo.  Somos uma espécie dependente, precisamos do semelhante. Necessitamos estar em meio relações interpessoais para sobreviver. "Quanto mais ricas as interações, maior e mais sofisticado será o desenvolvimento". O papel da escola é fazer com que os conceitos espontâneos que as crianças possue se desenvolva na convivência social, evoluindo para conceitos científicos. Cabe ao educador associar aquilo que o aprendiz sabe a uma linguagem culta ou científica para ampliar seus conhecimentos daquele que aprende, de forma a integrá-lo histórica e socialmente no mundo ou ao menos, integrá-lo intelectualmente no meio em que vive.
        
        A aprendizagem acontece por meio de um processo de troca, que possui uma dimensão coletiva. Assim, o desenvolvimento mental somente ocorre quando o sujeito interage com objetos e sujeitos. Assim, um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal, ou seja, o aprendizado e o desenvolvimento ocorre de fora para dentro. Aulas interativas devem partir do que os alunos dominam, para após ampliar seu conhecimento. Assim, fica a dica ara que todos educadores reflitam sobre a educação, sabendo assim discenir qual é o melhor caminho a se seguir...

Josi Valença e Mari Musialowski

Referências sobre o assunto:
ARANHA, Maria L. Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna,1996.


ARANHA, Maria L. Arruda. História da Educação e da Pedagogia. 3ª Ed. São Paulo: Moderna, 2006.
LIBANEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 2002.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da Educação. Introdução ao estudo da escola no processo de transformação social. São Paulo: Loyola, 2005.


Nenhum comentário:

Postar um comentário